CRÉDITO & SEGUROS: Taxas do crédito - descida da Euribor em todos os prazos...



As taxas do crédito à habitação em Portugal registaram recentemente uma descida em todos os prazos de referência da Euribor. Esta evolução tem impacto directo nos contratos de crédito com taxa variável, aliviando, ainda que ligeiramente, as prestações mensais das famílias.

O que mudou na Euribor?

A Euribor, índice de referência utilizado pela maioria dos contratos de crédito à habitação em Portugal, continua a ser um dos principais indicadores na determinação do valor da prestação mensal. Nas últimas sessões, registou-se uma descida nos três principais prazos: três meses, seis meses e doze meses.

No prazo dos três meses, a taxa foi fixada em 2,026%, mantendo-se estável abaixo da referência dos seis meses, que recuou para 2,111%. Já a Euribor a 12 meses desceu para 2,092%. Estes valores representam pequenas variações diárias, mas reflectem uma tendência de maior estabilidade, depois de um período recente marcado por fortes aumentos.

Euribor a seis meses: a mais relevante para os portugueses

Em Janeiro de 2024, a Euribor a seis meses passou a ser a mais utilizada no cálculo das prestações do crédito habitação com taxa variável. De acordo com dados do Banco de Portugal, esta referência já representava cerca de 38% dos contratos de habitação própria permanente, superando os prazos de 12 meses e três meses.

Por ser o prazo adoptado pela maioria dos bancos nacionais, as flutuações da Euribor a seis meses têm impacto directo nas famílias portuguesas. Uma pequena descida, como a registada recentemente, pode representar uma redução significativa no valor pago mensalmente por milhares de clientes.

A relação entre o BCE e as taxas do crédito

As taxas do crédito estão também directamente relacionadas com a política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Depois de um ciclo de várias descidas das taxas directoras iniciado em meados de 2024, o BCE decidiu, na reunião de Julho de 2025, manter os valores inalterados.

Esta decisão reflecte a expectativa de estabilização económica e controlo da inflação na zona euro. Embora alguns analistas prevejam que as taxas directoras possam permanecer estáveis até ao final do ano, outros admitem um novo corte em Setembro, de 25 pontos base. Caso venha a concretizar-se, este cenário poderá trazer descidas adicionais das Euribor, reflectindo-se positivamente nas prestações de crédito.

Como a descida influencia as famílias

Uma redução das taxas do crédito, mesmo que modesta, traduz-se num alívio imediato para os orçamentos familiares. Por exemplo, num crédito habitação com taxa variável, uma diferença de algumas centésimas na Euribor pode significar dezenas de euros a menos na prestação mensal.

Este impacto, embora pareça pequeno à primeira vista, assume maior relevância no orçamento anual, permitindo maior margem financeira às famílias. Além disso, ao aliviar a pressão sobre as prestações do crédito, há também um reflexo positivo na economia em geral, já que o rendimento disponível pode ser canalizado para consumo ou poupança.

O que esperar nos próximos meses?

A evolução das taxas do crédito continua a depender, em grande medida, das decisões do BCE. O equilíbrio entre o combate à inflação e o crescimento económico será determinante para eventuais descidas adicionais.

Nos próximos meses, os principais factores a acompanhar serão a evolução das economias europeias, os índices de preços e as previsões macroeconómicas. Enquanto isso, os clientes com crédito à habitação devem estar atentos às revisões contratuais periódicas, que poderão incorporar estas recentes descidas.

Como podem os clientes preparar-se?

Mesmo com uma tendência de descida, continua a ser fundamental que os clientes adotem uma gestão financeira prudente. Algumas recomendações práticas incluem:

Acompanhar a evolução das Euribor 

Saber em que prazo está definido o contrato e como o mesmo pode variar.

Simular diferentes cenários de esforço financeiro 

Antecipar como alterações de taxa poderão impactar a prestação mensal.

Avaliar opções de renegociação ou portabilidade do crédito 

Uma descida nas taxas pode representar uma oportunidade para rever as condições do empréstimo.

Reforçar a poupança 

Aproveitar os períodos de menor esforço financeiro para criar reservas que sirvam de proteção futura.

Conclusão

As recentes descidas da Euribor traduzem-se num alívio para os clientes com crédito à habitação, especialmente para aqueles cujos contratos estão associados à taxa de seis meses, a mais representativa no mercado português.

Embora as variações registadas sejam pequenas, o impacto acumulado pode fazer diferença significativa nas finanças familiares. As taxas do crédito tendem a caminhar em sintonia com a política monetária do BCE, pelo que as próximas reuniões em Frankfurt serão decisivas para antecipar se esta tendência de descida se manterá.

A mensagem principal para as famílias é clara: maior estabilidade e, possivelmente, uma continuação da redução das prestações no médio prazo. Contudo, a prudência na gestão de orçamento deve continuar a ser uma prioridade, garantindo maior resiliência face às inevitáveis oscilações futuras das taxas de juro.

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