CRÉDITO & SEGUROS: Crédito habitação - desafios e oportunidades numa era de mudança
Nos últimos anos, o crédito habitação em Portugal tem sido fortemente afectado pelo aumento dos juros e pela inflação. As recentes reduções nas taxas de juro, aliadas à expectativa de continuidade desta tendência, indicam um panorama mais estável e favorável para quem pretende comprar casa com recurso a financiamento bancário.
Em outubro, o Banco Central Europeu (BCE) voltou a cortar as suas taxas directoras, o que resultou numa queda das Euribor a três e seis meses. Este é um momento para reflectir sobre o impacto destas mudanças e as novas possibilidades que surgem para quem deseja manter ou contrair um crédito habitação.
Esta Quinta-feira, 6 de Março, o Banco Central Europeu (BCE) volta a decidir sobre o tema e as previsões apontam para outra redução de 25 pontos base, tal como aconteceu no final de Janeiro. Caso se confirme, será a sexta redução do preço do dinheiro desde Junho do ano passado e a quinta consecutiva, colocando a taxa directora nos 2,50%. Especialistas do sector financeiro antecipam, de resto, que as taxas Euribor continuem a descer ao longo do ano, embora a um ritmo mais moderado.
Esta mudança aponta para um futuro mais previsível e favorável para quem planeia comprar casa ou já possui um crédito habitação”, acrescenta um especialista, que analisa como as recentes mudanças podem moldar o crédito habitação em Portugal.
Taxas de juro em queda
O mercado de crédito habitação em Portugal vive uma fase de transformação, com um alívio significativo para as famílias, após dois anos de altas taxas de juro e inflação elevada. As taxas Euribor, que são a base para o cálculo da maioria dos créditos habitação no país, têm registado quedas acentuadas, proporcionando uma descida directa nas prestações, especialmente para os contratos com taxa variável.
A taxa Euribor a seis meses, por exemplo, que esteve acima de 4% entre Setembro e Dezembro de 2023, baixou recentemente para 2,765%, o que representa o menor valor desde Janeiro de 2023. A taxa Euribor a 12 meses, que também esteve acima de 4% em grande parte de 2022, encontra-se agora em 2,494%, um novo mínimo desde Outubro do ano passado. Já a Euribor a três meses, que já estava em queda, registou recentemente 3,005%, o menor valor desde Março de 2023. Estas descidas são reflexo das acções do Banco Central Europeu (BCE).
Esta diminuição é especialmente relevante para as famílias que já estão comprometidas com empréstimos, pois as suas prestações mensais, que haviam aumentado substancialmente durante o período de altas taxas, devem agora começar a descer de forma significativa. Assim, a redução das taxas Euribor permite que os portugueses recuperem algum fôlego financeiro, ao resultar numa redução dos encargos mensais com o crédito habitação.
Apoio do Governo à compra de casa pelos jovens
O Estado implementou medidas específicas para reduzir as barreiras financeiras à aquisição da primeira habitação. Estas incluem a garantia pública, que cobre até 15% do valor do imóvel para jovens até aos 35 anos (permitindo o financiamento a 100% pelos bancos), a isenção do IMT e do Imposto do Selo na compra de habitação própria e permanente por jovens nesta faixa etária, com o objectivo de promover uma maior acessibilidade ao mercado imobiliário.
Estas iniciativas inserem-se num contexto de forte pressão sobre o mercado habitacional, caracterizado pelo aumento dos preços e pela limitada oferta disponível. Mas são essenciais para os jovens portugueses na conquista da sua primeira habitação, tornando o processo mais acessível e menos oneroso.
O impacto das políticas do BCE nas famílias portuguesas
O Banco Central Europeu (BCE) tem adoptado uma postura de vigilância e intervenção activa desde o início do aumento da inflação, ajustando a sua política monetária de acordo com as condições económicas prevalentes. Com sinais de abrandamento da inflação, o BCE viu-se em posição de reduzir as taxas de juro, aliviando assim as condições de crédito na Zona Euro.
Contudo, apesar deste cenário mais favorável, os portugueses devem manter a cautela. O mercado financeiro continua volátil, e os desafios globais podem gerar flutuações imprevistas. Apesar do compromisso do BCE com a actual política de alívio, não foi definida uma trajectória rígida para as taxas de juro. Assim, caso as condições económicas exijam, o BCE poderá optar por um eventual aumento das taxas, conforme a necessidade de estabilizar a economia.
O papel do Banco de Portugal e a revisão do teste de stress
Com a redução das taxas de juro, o Banco de Portugal (BdP) encontra-se diante de um cenário que poderá justificar uma revisão das regras de concessão de crédito habitação. Em 2023, o BdP ajustou o teste de stress, diminuindo a margem de 3% para 1,5%, com o objectivo de facilitar o acesso ao crédito para as famílias que, devido ao aumento das taxas, viram os seus encargos a subir rapidamente.
Com o alívio das taxas, a administradora do BdP, Francisca Guedes de Oliveira, indicou que o teste de stress poderá ser ajustado novamente, caso as condições do mercado o exijam. Para as famílias, essa medida proporcionaria maior segurança ao contrair novos empréstimos, garantindo que a sua capacidade de pagamento seja resguardada face a eventuais aumentos das taxas de juro.
CRÉDITO - intermediarioscreditoeseguros@gmail.com
Instagram / Facebook / Grupo de Facebook
#credito #creditoimobiliario #creditofinanceiro #creditopessoal #creditobonificado #créditohabitação #bdp #juros #taxadeesforço #prestacaodacasa #taxadejuro #habitação #taxafixa #taxamista #tendências #desafios #oportunidades #mudança #creditohabitaçãoparaestrangeiros #transferências #comissões #taxavariavel #consolidacaodecreditos #amortizaçãodecrédito #emprestimos #emprestimosparaacasa #creditodacasa #bancos #spread #dicas #intermediariosdecredito
Comentários
Enviar um comentário