CRÉDITO & SEGUROS: Crédito à Habitação cresce em 2025: Tendências e desafios...




O mercado de crédito à habitação em Portugal tem apresentado um crescimento contínuo nos últimos meses, impulsionado por uma combinação de factores económicos e políticas públicas. Desde o início de 2024, o crédito à habitação tem registado aumentos consistentes, sendo que, em janeiro de 2025, o montante total de empréstimos para a compra de casa cresceu 4,1%, em comparação com o ano anterior. Este crescimento está relacionado com a redução das taxas de juro e com a implementação de novas políticas públicas, especialmente destinadas aos jovens até aos 35 anos, que agora podem aceder a uma garantia pública para financiar até 100% do valor da casa.

Este regime, que entrou em vigor no início do ano, oferece condições mais favoráveis para os jovens adquirirem a sua primeira casa. Além disso, outras medidas, como a isenção do Imposto Municipal sobre Transacções (IMT) e o imposto de selo, também têm ajudado a tornar a compra da casa própria mais acessível. A combinação destas políticas tem incentivado um aumento da procura por crédito à habitação, que está a ser registado há já 13 meses consecutivos.

Apesar do crescimento no crédito à habitação, o número de devedores tem vindo a diminuir desde Julho de 2022. Em Janeiro de 2025, o número de devedores de crédito à habitação era de cerca de 1,96 milhões, o que representa uma queda contínua em relação aos anos anteriores. Esse fenómeno reflecte uma tendência de endividamento mais controlado, embora os preços das casas se mantenham elevados, o que coloca uma pressão adicional sobre os consumidores. As avaliações bancárias das casas atingiram em Janeiro de 2025 um valor recorde de 1.774 euros por metro quadrado, o que representa a 14.ª subida mensal consecutiva.

O aumento do crédito à habitação também é acompanhado por uma expansão de outras modalidades de crédito, como o crédito ao consumo e o crédito automóvel. Em janeiro de 2025, o montante de crédito ao consumo registou um aumento de 6 milhões de euros em comparação com Dezembro de 2024, atingindo um total de 30,4 mil milhões de euros. Este crescimento reflecte uma maior confiança dos consumidores e uma recuperação económica gradual, que permite às famílias acederem a crédito para outros fins. No entanto, enquanto o crédito ao consumo tem mostrado uma desaceleração ligeira, o crédito automóvel e os cartões de crédito continuam a crescer a um ritmo mais elevado.

No que diz respeito ao crédito pessoal, o stock de empréstimos registou uma descida em cadeia, mas apresentou um aumento significativo de 7,3% face ao mesmo mês do ano anterior. O crédito automóvel, por sua vez, subiu 26 milhões de euros entre Dezembro de 2024 e Janeiro de 2025, atingindo um crescimento homólogo de 10,1%, o maior desde 2020. Quanto aos cartões de crédito, o montante manteve-se nos 3,2 mil milhões de euros, com uma taxa de variação anual de 8%, embora tenha desacelerado face a Dezembro de 2024.

Além disso, a expansão do crédito à habitação não é apenas um reflexo de uma maior procura por parte dos consumidores, mas também de uma oferta mais alargada por parte das instituições financeiras. Os bancos têm ajustado as suas estratégias de concessão de crédito, proporcionando condições mais favoráveis, mas também assumindo um maior risco, tendo em conta o aumento do endividamento das famílias. Para os consumidores, as novas condições de financiamento representam uma oportunidade, mas também um desafio, pois o preço das casas continua a ser um obstáculo importante, especialmente nas grandes cidades.

Embora o crédito à habitação esteja a crescer, as dificuldades no acesso à habitação própria para muitos jovens permanecem. Apesar das novas medidas de apoio, o elevado custo das casas e as dificuldades de acesso ao mercado de arrendamento continuam a ser questões prementes. A oferta de crédito para a compra de casa pode aliviar algumas dessas dificuldades, mas a verdadeira solução para o problema da habitação passa também pela construção de mais imóveis acessíveis e pela implementação de políticas públicas mais eficazes.

Em termos de perspectivas futuras, espera-se que o crédito à habitação continue a crescer, mas a um ritmo mais moderado. As taxas de juro deverão manter-se baixas no curto prazo, mas o aumento do preço das casas pode limitar o crescimento do crédito à habitação. Além disso, a sustentabilidade desse crescimento dependerá da evolução da economia e da capacidade dos consumidores de manterem os seus compromissos financeiros. A longo prazo, um eventual aumento das taxas de juro poderá ter um impacto significativo sobre o mercado imobiliário e o crédito à habitação, afectando tanto as condições de acesso ao crédito como a capacidade de pagamento dos devedores.


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