CRÉDITO & SEGUROS: Crédito habitação - 18% dos contratos foram assinados por estrangeiros
Há um número expressivo de estrangeiros a comprar casa em Portugal – e por valores mais elevados do que os residentes no país. É neste contexto que o Banco de Portugal (BdP) conclui que o crédito habitação concedido a estrangeiros aumentou num período recente. Nos primeiros seis meses deste ano, 18% dos novos empréstimos habitação foram concedidos a cidadãos estrangeiros.
“Em 2023 e no primeiro semestre de 2024, 18% dos novos empréstimos à habitação (excluindo renegociações e transferências de crédito) foram concedidos a cidadãos estrangeiros”, indica o BdP no Relatório de Estabilidade Financeira de Novembro publicado esta Terça-feira, dia 26 de Novembro. Neste sentido, o peso dos cidadãos estrangeiros (residentes e não residentes) no stock de crédito habitação passou de 6,9% em Dezembro de 2022 para 8,2% em Junho de 2024.
Mas porque é que isto acontece? “O aumento da população estrangeira residente e a procura de habitação por não residentes contribuem para este crescimento. Em termos agregados, este efeito estará também a ser potenciado por uma alteração no perfil de procura, em particular por uma maior procura de habitação própria e permanente por estrangeiros em idade activa e de escalões etários mais baixos”, justifica o regulador bancário.
Neste sentido, Clara Raposo, vice-governadora, considera que “interessa ao Banco de Portugal acompanhar [esta alteração da procura] para percebermos melhor a natureza do crédito que os bancos estão a conceder, a quem e como". "É algo que nos interessa estudar para compreender melhor" esta nova realidade, acrescenta, citada pela Lusa.
Crescimento da população estrangeira residente tem “impacto nos preços da habitação”
No que diz respeito à compra de casas em Portugal, os não residentes representaram 6% do número de transacções e 10% do montante no primeiro semestre de 2024, um pouco abaixo do observado nos últimos anos. E o valor médio de aquisição de uma habitação de um comprador não residente (345 mil euros) manteve-se superior ao valor médio dos residentes (198 mil euros). Entre os não residentes, também se observa uma diferenciação no valor médio das aquisições entre compradores com residência fiscal na União Europeia, 280 mil euros, e nos restantes países, 408 mil euros.
“A população estrangeira residente em Portugal tem crescido significativamente, compensando os saldos naturais negativos e contribuindo para o crescimento da população total, com impacto nos preços da habitação”, comenta ainda o BdP. Nos últimos anos, a procura por parte de estrangeiros com maior poder de compra foi potenciada por algumas medidas, como os vistos gold e o regime de Residentes Não Habituais, admite o regulador liderado por Mário Centeno. Embora estes incentivos fiscais tenham terminado entre o final de 2023 e início de 2024 resultando numa queda da procura de casas à venda em Portugal, agora sente-se uma recuperação deste interesse internacional pela habitação no nosso país.
A par de tudo isto, o supervisor bancário conclui que os indícios de sobrevalorização no mercado residencial português persistem. No primeiro semestre de 2024, “o rácio entre o índice de preços da habitação e o rendimento das famílias estava 24% acima da média de longo prazo e o rácio entre os preços e as rendas 28% acima”, explica.
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